domingo, 26 de dezembro de 2010

navidad

Natal. Noite convencionada como o nascimento de Cristo-Jesus-Messias. Vidas que passam meses, trimestres, semestres sem sequer trocar um telefonema, trocam agora frases feitas, abraços de plástico, mostrando toda sua original falsidade. Estou ligeiramente irritada com toda essa superficialidade. Máscara-aparência-convenção. Não estou mais para esse tipo de conduta. Sinto falta da sinceridade, das conversas de verdade, das trocas de olhares que não precisam muitas vezes de nenhum complemento verbal. Do pé no chão, da comida servida sem muita frescura, da dança e expressão corporal sendo manifestada livremente, sem censuras, sem proibições.
A CADA DIA ESTOU MAIS SOZINHA. A cada reunião sinto-me mais perdida, um tanto quanto deslocada. Não queria estar aqui (escrevo enquanto as pessoas dizem feliz natal). Não queria sentar em panos verdes e vermelhos, com luzes douradas piscando, camuflando a real falta de sintonia que está pairando cada pessoa aqui presente. Não queria sentir esse vazio. Não queria estar pensando tanto.
       hoje à noite
lua alta
       faltei
e ninguém sentiu
      a minha falta”
    (Paulo Leminski)


Um comentário:

  1. Um fim para essas datas comemorativas!
    Um brinde a nossa sinceridade.

    Adorei o blog.

    Bjão,

    Jair Gabardo.
    www.paraquefiquem.blogspot.com

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