sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Vamos ser francos

Meu corpo faz protesto. A cada alergia, dor, queda, ferida, ele sinaliza que precisa de um tempo, que precisa se fechar um pouco. A cabeça não pára um segundo de formar, reformar e descartar pensamentos. Estou cansada. Estou cansada.
Volto agora da paulicéia que me deixou sem palavras durante uma semana. O excesso, o belo, o indizível, o melódico, o ritmo, o olhar, a noite, o negro, me deixaram assim, tentando entender um pouco os mistérios que a vida sabe muito bem colocar na nossa frente.
I’ve just seen a face...Macca soube atingir os pontinhos mais importantes dessa vida…Paperback Writer. Apesar dos pesares, tudo faz muito sentido. Isso não é o caos, isso é a vida. Helter Skelter!
Foi depois da história dos 4 espelhos, da lente, do descartável e da revelação do filme, que percebi o quanto uma máquina, analógica ou digital não importa, tem a nos ensinar. A lente muda toda a forma de capturar o que está dado. E é isso: to mudando de lente.
Não dá, não é possível esperar de fora o que só pode aparecer aqui dentro. Faz mal, faz a gente preencher os outros de ideais que não são reais. Só é possível pensar a partir do que vem de nós mesmos. Sem projeções.
No fim das contas, fazer rima é a parte mais fácil. Viver é o que é. E é o que está posto aí. Não tem jeito.

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