segunda-feira, 26 de setembro de 2011

parte em mim, parte de mim.

Uma mescla de impotência e medo, e se descuido tenho lapsos de desespero. Vida se esvaindo, com os muitos quilos que agora se foram e deixaram a mostra o osso e a fraqueza. Dói, em mim e nele. Nos corrói, machuca, mancha. O silêncio, o não querer, sono.fuga.nada. A falta do sol, a falta da fome, a falta da força. Não quero que me deixe, não dou conta do estar perto. Do estar em silêncio compartilhando o que todos já sabem mas não querem assumir. Medo, angústia. Fica aqui comigo, me pega no colo de novo. Se quiser pode até brigar como antes. Me leva pra comer, me protege, não sai de perto de mim. Não me troque por lençóis brancos e desconhecidos te tocando. Fica bem juntinho, toma o meu café forte ou fraco demais, mas fica aqui. Deita no meu colo, me deixa passar a mão na pele macia e flácida. Fecha os olhos e sente minha mão te afagando e mostrando todo o meu amor e cumplicidade. Não se esquece de como você chegou até aqui, continue, tente, por favor. Não se entregue, não me entregue e não me desproteja. Pense, mas não muito. Não deixe de sentir, de tocar, de sorrir, de ser meu complexo. Pai.

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