quinta-feira, 30 de junho de 2011

das cores que já tive, nada mais me resta.

A nega que já foi colorida, anda sem cor. As chitas estão guardadas no fundo do armário, junto com a alegria, o sorriso, a brincadeira, o palhaço, o amor. Sobra-se agora alguém cor de nada, apagado, maior do que queria estar, mais fraca do que poderia estar, mais triste que poderia ser. Não há vontades, não há dança, não há batuques, não há planos.

Apenas lamúrias, olhos caídos, corpo amorfo, pele ressecada, alergias, desânimo...falta de coragem, falta de fé...não há mais crença de que algo vá ficar bem. Nada está bem. Eu não estou bem. Os meus não estão bem. Minha cabeça não está bem....meus pensamentos menos ainda.

Amarga, quieta, chata, feia, infeliz. É assim que tem sido. Assim que me sinto, assim que me dou. Choro, fico tonta de ver o mundo girar, girar e me derrubar.
Quem já se encantou pelas cores, agora nem se importa mais, agora nem nota mais, o quanto dói, o quanto machuca estar na escuridão de um buraco, sem coragem de sair.

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