sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Sobre a Lua, a Água e os Vales.

Água que escorre de mim como dessas pedras poderosas.
 Águas escuras, âmbar, da cor do centro da terra. Marrom, ferro, ocre.
  Água que traz emoções ancestrais.
   Água que corre, limpa, lava, preenche, tira, dói e também cura.
Transbordar de memórias, refazendas, dores, amores, temores. O zero e o não controle. reconectar e aprender tudo de novo. respeitar o silêncio e a solidão. Solitude. Plenitude em estar comigo e com meus transbordamentos, respeitando o estar só e o estar com o outro. Saber a hora de abrir e de fechar. de reconectar e aprofundar as constelações mais entranhadas do meu ser - espírito - mente - corpo - sensações. conexão com minha loba, lua, crua. sangra e jorra o líquido também ocre, marrom, ferroso. sangro como os montes da Chapada. renovando, limpando e expondo o que de mais profundo há nessa mãe - pachamama - mulher - criadora - feminina. Intuições fluindo como o vento da noite que sopra forte fazendo barulho. vento que também vem das pedreiras em conexão com o céu.
Alto e baixo. Cosmos. realidade. Integração.
          Sou como uma dessas grandes pedras femininas que carregam o mistério da terra - vida.